Quem disse que filme nacional não é bom, ainda não assistiu "Que Horas Ela Volta?".
Esse filme completo de reflexões, metáforas e tapas na nossa cara é incrível e mereceu todos os prêmios que ganhou.
Confesso que nunca fui muito com a cara da Regina Casé, porém a atuação dela nesse filme foi sensacional. Ela transferiu toda a experiência dela com programas de televisão para as telonas. E o que eu gosto muito e que fez eu acordar para várias coisas no nosso dia a dia foi as críticas que o filme deixa. A hierarquia de classes, o preconceito mascarado por toda família são coisas que nos deixam pensar muito.
Falando um pouco da parte técnica do longa, o filme tem um ritmo mais vagaroso, então talvez não agrade a todos, porém é o ritmo perfeito para transmitir tudo. A fotografia do filme é muito boa com muito jogo de luz e sombra, muito contraste e o jogo de câmeras é quase sempre com apenas uma câmera.
É um filme que entretêm, mas que ao mesmo tempo mantém a crítica social. Um ótimo exemplo dessa parte crítica é o enfoque que as cenas dão a porta da cozinha da residência, onde há a hipocrisia dessa classe média alta e a separação real de classes.
Uma metáfora incrível que eu achei ótima no filme é quando mostra a cena do jogo de chá que as cores são preto e branco, e eles usam a xícara branca com o pires preto e o pires preto com a xícara branca. É uma metáfora incrível.
Assistir filmes assim fazem com que a gente saia do nosso mundo e consiga ver melhor outros olhares.
Espero que gostem, assistam e reflitam! Beijos!
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